Junho/2015
Fernand Braudel quando esteve no Brasil, entre 1935 e 1937. Foto: Edusp
Uma tradução para o português do capítulo Géohistoire: la société, l’espace et le temps, do livro Les ambitions de l’histoire, do historiador francês Fernand Braudel (1902-1985), é a grande contribuição que o professor Guilherme Ribeiro, do Laboratório de Política, Epistemologia e História da Geografia do Departamento de Geociências da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, publica nesta edição de HCS-Manguinhos.
No artigo A arte de conjugar tempo e espaço: Fernand Braudel, a geo-história e a longa duração, Ribeiro apresenta o surgimento do conceito de geo-história, elaborado por Braudel entre 1940 e 1945, quando o historiador, capturado pelos alemães, foi obrigado a contribuir, na prisão, aos esforços da Segunda Guerra Mundial.
O conceito de geo-história expressa a crítica de Braudel às fronteiras disciplinares e enfatiza a relevância da geografia na construção de seu método histórico de longa duração.
Para Ribeiro, o texto de Braudel ora traduzido por ele é um dos capítulos mais bonitos e dramáticos das ciências humanas no século XX. ”Braudel redigiu no cativeiro parte de sua célebre tese de doutorado, defendida na Sorbonne em 1947 e publicada em 1949 pela Armand Colin, La Méditerranée et le monde méditerranéen à l’époque de Philippe II, auxiliado pelo orientador e amigo Lucien Febvre, que lhe enviava livros, notícias e sugestões”, conta Ribeiro.
Leia em HCS-Manguinhos
A arte de conjugar tempo e espaço: Fernand Braudel, a geo-história e a longa duração, artigo de Guilherme Ribeiro (vol.22 no.2, jan./abr. 2015)
Sumário da edição (vol.22, no.2, abr./jun. 2015)